domingo, 21 de dezembro de 2008

End of a Century...



Tudo no seu devido lugar em cada ano...todas as pedras de calçada pisadas uma de cada vez, todos os bueiros em cada esquina, todos os passos descuidadosamente em falso...

"She says theres ants in the carpet
Dirty little monsters
Eating all the morsels
Picking up the rubbish
Give her effervescence
She needs a little sparkle
Good morning tv
Youre looking so healthy

We all say, dont want to be alone
We wear the same clothes cos we feel the same
And kiss with dry lips when we say goodnight
End of a century
Oh, its nothing special

Sex on the tv
Everybodys at it
And the mind gets dirty
As you get closer to thirty
He gives her a cuddle
Glowing in a huddle
Good night tv
Youre all made up
And youre looking like me

Can you eat her?
Yes, you can.

Oh, end of a century
Oh, its nothing special..."

Nada de novo debaixo do Sol.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Blur is Back!!!



NME, December, 2008

Blur is back!
Talvez uma das melhores notícias do ano (obviamente após a confirmação do show do Radiohead no Brasil, mas isso é assunto para outra conversa...). Não sei se voltam pela "nova onda do imperador" de todas as bandas antigas e legais estarem voltando (vide The Verve, com o ótimo albúm Fourth) ou se estão de volta porque realmente sentem a necessidade de estar juntos fazendo música novamente... o que interessa agora é que o Blur (que foi uma das bandas que mais me influenciou) está de volta e se formos tirar pelos últimos trabalhos solos de Graham Coxon e Damon Albarn (The Good, The Bad and The Queen) aí vem boa coisa....
Agora é esperar...

domingo, 23 de novembro de 2008

Grande Raposa!




CAMPINENSE CLUBE NA SÉRIE B!!!! RAPOSA FEROZ!!!!!

CAMPANHA NA SÉRIE C 2008

Grupo 29
TIME PG J V E D GP GC SG
1 Atlético-GO 29 14 9 2 3 35 10 25
2 Guarani 14 6 3 5 25 22 3 +3
3 Campinense-PB 21 14 5 6 3 19 20 -1
4 Duque de Caxias 18 14 5 3 6 27 31 -4
5 Águia de Marabá 18 14 5 3 6 20 24 -4
6 Brasil de Pelotas 17 14 5 2 7 17 -4
7 Confiança-SE 17 14 5 2 7 23 33 -10
8 Rio Branco-AC 16 14 5 1 8 25 30 -5
PG - pontos ganhos; J - jogos; V - vitórias; E - empates; D - derrotas;
GP - gols pró; GC - gols contra; SG - saldo de gols
Zona de classificação para a Série B


16h00 Campinense-PB 2 x 1 Atlético-GO Ernani Sátiro Campina Grande
20h30 Guarani 1 x 1 Campinense-PB Brinco de Ouro Campinas
16h00 Campinense-PB 3 x 0 Rio Branco-AC Ernani Sátiro Campina Grande
20h30 Confiança-SE 4 x 0 Campinense-PB Lourival Baptista Aracaju
16h00 Campinense-PB 3 x 1 Duque de Caxias Ernani Sátiro Campina Grande
20h30 Brasil de Pelotas4 x 0 Campinense-PB Bento Freitas Pelotas
17h00 Campinense-PB 2 x 2 Águia de Marabá Ernani Sátiro Campina Grande
21h30 Águia de Marabá1 x 1 Campinense-PB Mangueirão Belém
17h00 Campinense-PB 2 x 1 Brasil de Pelotas Ernani Sátiro Campina Grande
16h00 Duque de Caxias2 x 2 Campinense-PB Raulino de Oliveira Volta Redonda
17h00 Campinense-PB 2 x 1 Confiança-SE Ernani Sátiro Campina Grande
22h00 Rio Branco-AC 2 x 1 Campinense-PB Arena da Floresta Rio Branco
17h00 Campinense-PB 0 x 0 Guarani Ernani Sátiro Campina Grande
19h00 Atlético-GO 0 x 0 Campinense-PB Serra Dourada Goiânia

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Barro e semente

Quebrei a pedra
Revirei-a pelo contrário de sua aspereza
Esfarelei o pó entre os dedos
Lavei o rosto com a imundície de minhas mãos
Chorei
[ desenhando fuligem no rosto
Cavei mais uma vez na sujeira nos meus dedos
Molhei a terra
Enfiei-me no barro de mim mesmo
Tornei-me cerâmica
[minha casca deformada
Queimei para ficar rígido
Bati para ouvir meu som
Olhei para admirar a cor
As formas todas absurdas
Inacabadas
Tornei-me cego, insensível
Paralítico.

domingo, 15 de junho de 2008

Haicai


Ele não é seu filho!
Descascaram-se as paredes...
Foi só o tempo de puxar o gatilho.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

"São as sombras num belo quadro"

“As aranhas vinham e começavam a devorá-la: suas boquinhas douravam-se
no trabalho luminoso de consumir o verbo afetivo, o amor materno, puro verbalismo”
Ferreira Gullar, Histórias e guerras de meu povo.


Buzinas. Como eu as odeio,
mas vamos rápido, o tempo esvai-se.
- Sua mãe teve sífilis quando estava grávida e seu pai deixou-a para morar com o tio? Só há esta explicação! Vai se tratar seu doente! Você mente com os olhos ! Você mente com os olhos !
- Você entendeu tudo errado...
- Você mente com os olhos...
Eu não estava mentindo.
“ Eu sempre guardo minha Cabeça debaixo do braço, para não esquecê-la em local algum. Para sempre ficar sentindo o odor que vem do meu suvaco que eu nunca lavo porque eu nunca largo a minha Cabeça que está debaixo do meu braço, para não esquecê-la em local algum. Para sempre ficar sentindo o odor que vem do meu suvaco que eu nunca lavo porque eu nunca largo a minha Cabeça que está debaixo do meu braço para que...”
Prefiro acreditar em mim.
- Ei! Peraí!
Tomaram-me novamente os papéis, arquivaram-nos novamente.
Quem os lerás? O que estes homens brancos vestidos de branco fortes rápidos, têm contra meus papéis?
Buzinas... como eu as odeio.

(Trecho do conto "São as Sombras num Belo Quadro" ainda inédito)

terça-feira, 3 de junho de 2008

As Fotos de Juliano...


Pois foi que mais uma vez recebi fotos de Juliano... Desde a última na qual apareciam os Ipês com a seguinte frase "não é primavera mas os ipês já estão florecendo". Nesta última que está acima a frase da vez foi "Dogville" uma ótima lembrança do cão junto a casa, último sobrevivente daquela cidade dos sonhos (me vem a mente agora Mulholland Drive...mas isto já é outra estória).
Muito bonitas as fotos, principalmente pelo inesperado das cenas comuns que nossos olhos viciados do cotidiano não apreendem mais... aí deixamos que as câmeras captem e eternizem isto por nós... momentos nos quais nos inebriamos de tanta beleza que vamos lá de novo, naquele local onde foi tirada a foto e olhamos novamente... continuamente, linearmente... e às vezes nos perguntamos: onde foi parar nosso olhar? Dentro dessa discussão cabe lembrar a famosa "cena do saco" de Beleza Americana (que por coincidência foi encenada por Juliano em um jogo sobre filmes) na qual um mero saco deixando-se levar pelo vento em frente a um muro, desperta o olhar para a beleza da vida...
São momentos como esses (jogos sobre cinemas, fotos chegando pelos correios, filmes assistidos juntos...) que me nostalgiam, que me fazem lembrar que: BERNINI É O REI DA MADRUGA!
Nessas circunstâncias nas quais me encontro, chegar em casa cansado do trabalho, embrutecido de realidade, vítreo, e encontrar uma correspondência dos correios com fotos como estas me fazem lembrar quem sou e quem são as pessoas ao meu redor...
Fragmentam-se as linhas sobre o asfalto...

domingo, 18 de maio de 2008

Uma Homenagem....



Hino Oficial
Letra: Geraldo Cavalcante
Pelos cantos do Brasil
a Raposa a correr
Vitórias, glorias mil
garra e raça pra valer
As cores da Paraíba
é a grande inspiração
Rubro Negro na Camisa
sangue, nervo e coração
Grande Campeão paraibano
é o Campinense com razãoTítulos, troféus, ano após ano
Salve a Raposa bicho papão
Toda vibrante estremecida
é a charanga a tocar
Entusiasmada toda torcida
seu clube a incentivar
Futebol é bola no barbante,
alegria das multidões
Vamos dar as mãos,
Raposa avantePara maratona dos Campeões.
Campinense Clube: Campeão Paraibano de 2008

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Do Pó! viemos, ao Pó! voltaremos!



"Não consegui acreditar na literatura, por isso voltei ao círculo árido. Eu cavei o chão de cimento, tirei de lá as sementes que eu tinha plantado e amassei todas até virarem pó." - Cristhiano Aguiar (Ruas em forma de escada).

"De tudo que deveras fomos, somos. Atrás de si esse logro de si próprio - Híbrido de edifícios e escombros: Zero, Conceitos, Contradições! Nenhum imperativo categórico Frente a total razão da realidade NÓS: eu e tu." - Júlia Rocha (Hemiplegia).

Assim que recebi o convite de Cristhiano para participar do lançamento da revista Pó! logo interessei-me, mas por ter que trabalhar não pude ir.

Assim que recebi a revista, alegrei-me por ver movimentação literária na cidade, principalmente com publicações de poesias (que na verdade prefiro...por motivos que discutiremos em outras conversas).

Assim que li a revista, os sentimentos foram os mais diversos possíveis. Porém os textos que mais me chamaram atenção foram exatamente esses dois acima (perdão atencipado a poeta Júlia, não consegui reproduzir a forma estética de seu poema). Sobre o texto de Cristhiano, embora seja suspeito em analisar (moro com ele), exibe a qualidade de seus últimos contos...como falei a ele ontem à noite, seus textos possuem uma forma de linguagem ousada, que entremeia poética e prosa, com toques de uma realidade que nos enfrenta por ser perplexa...e me agrada a presença constante de uma ritimicidade no texto, como se todo ele tivesse encadeado em um raciocínio só, em uma leitura só (o embate paranasiano da literatura contra si mesma). Sobre o poema de Júlia (essa sim, não conheço) me surpreendeu a forma do texto, palavras duras (ora soltas, ora presas em colchetes), o modo de organizar a idéia do poema (que sem pretensão alguma, assemelha-se a alguns textos que faço)...martelando o olhar com surpreendente acidez; "Sangue de amor correspondido". Poesia que me agradou tanto pelo tema, quanto pela forma.

Assim que fechei a revista, alegrei-me novamente por participar (nem que seja como leitor) dessa cena atual (se é que seja apropriado chamar assim) da literatura de Pernambuco. Parabéns aos editores da Pó! Quem sabe nos próximos encontros não nos veremos para debater melhor sobre esses e outros textos? Ou nem que seja para tomar uma cerveja e falar da vida....

domingo, 4 de maio de 2008

Come on...and let it out!


110

Duro
Um dia inteiro:
encurvado,
dentro de uma casca
[dura
Eu era um pneu na avenida;
Eu era o concreto estalando;
Eu era o cheiro do canal;
Era só isso e o
resto
escondia-se.
Assim mesmo o vendedor de café continuava estranho
E o cigarro queimava a ponta dos meus
Dedos amarelos.
Deste modo a solidão
organizava-se
num mutualismo com o dia
Que se atravessava,
[E as malas, preguiçosas, iam se fechando...
Enquanto insistia um barulho,
Como que se bate de dentro para
fora.
Espremia as mãos contra os olhos:
Continuava.
O dia pendendo: entortado.
O dia caindo.

em 02/11/2005.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Os jardins dos caminhos que se cruzam...


Há dois dias sai para jantar com meu tio e ele, entre outras coisas que me disse, revelou que a epóca que prestara vestibular, queria ser Geólogo...mas por motivos ainda não bem compreendidos (quase 30 anos depois) ele tornou-se médico.

No mesmo dia também mostrou-me fotos de Aiuaba no Ceará, cidade onde se fixaram os primeiros de minha família e onde nasceram ele e todos os seus irmãos...

É de se causar estranheza o fato de que eventos bem distintos como geologia e medicina, Aiuaba e Recife consegam cruzar a vida de alguém. Quando era criança, imaginava Aiuaba como aqueles típicos faroestes americanos, era como falar de uma lenda quando ouvia as estórias sobre aquele lugar; do mesmo modo que quando era criança sonhava em ser engenheiro... Estes fatos diluiram-se na realidade, transformando Aiuaba numa cidade comum e engenharia numa ameaça de futuro, que nunca ocorreria... De fato nunca fui a Aiuaba e nunca me tornei engenheiro.

A imagem que Borges me causou em Ficções, quando cita "Os jardins dos caminhos que se cruzam" me veio logo a mente quando meu tio me mostrou esta foto acima... Crepúsculo sobre a cidade onde nunca fui, caminhos pelos quais nunca andei...tudo muito parte da realidade na qual me insiro.

E os pés seguem vacilantes pegadas deixadas por quem eles nunca conheceram.

domingo, 6 de abril de 2008

Pra começo de conversa...


Spotless mind...todas as memórias que se perderam ou como já escreveu Bandeira "A vida inteira que poderia ter sido e não foi...". Refere-se as mudanças caóticas dos últimos meses (primeiros deste ano). Foram 3 cidades completamente distantes e distintas umas das outras, muitas pessoas, muitos nomes, muito trabalho...pouca imagem diferente. Os corredores são semelhantes, as pessoas também, seus sotaques variados, a mesma vida monotonamente agitada dos hospitais...
Enfim encontro pouso num lugar comum...no mesmo quarto apertado, no mesmo calor sufocante, no mesmo barulho que me acorda de manhã (Thom Yorke + Barulhos dos galhos das árvores + Carros - muitos deles)...finalmente chego a uma distância comum, segura...
A proximidade de tudo que faz bem...Tentando lembrar como cheguei aqui e assustando-me com o fato de já estarmos em Abril...
Seguem os pedaços pelas ruas do Recife.