Que não te dobro, disso já sabia.
Sentindo a textura de teus arranhões,
A aspereza de tua língua...
Percorro, afundado, tuas impressões,
[Teus vincos e frestas: teus punhos.
Os estalos da tua pele.
Da ponta dos meus pés, enxergo a moldura da janela
[as luzes dos barcos, solo sujo do rio Pina...
e o teu sorriso estranho.
A volta do teu corpo:
o barulho dos teus passos contrários aos meus...
Escuta minha voz:
Digo teu nome como se soprasse poeira.
Saulo Feitosa, novembro de 2009.