sábado, 31 de dezembro de 2011

2012

Ausência...

2011...

Se fôssemos atribuir nomes as coisas: ausência.

E como toda ausência: esperança – esperar mudança.

Essa sequência me dominou, transformou durante o último ano. Muito trabalho (muito trabalho mesmo) e algumas maravilhas cotidianas não vividas. Ciclos realmente encerrados (após 10 anos de estudo – 6 anos de faculdade e 4 anos de residência médica), sonhos dormidos e acordados – a fantasia delirante do sorriso dos olhos castanhos...

Não há do que se queixar – na verdade há muito a se modificar, mas queixar-se: não desta vez.

Espero muito do que há de mim, nisto que sou, nos próximos dias, nos próximos anos...

Amanhã realmente será um novo ano – meu sorriso se tornará completo, como nunca houvera sido... e quantos sorrisos destes não virão ao lado do sorriso dos olhos castanhos?...

Manuela e Letícia: minha vida, minha felicidade – e desde então eu não enxergo mais o beco de Bandeira...

sexta-feira, 11 de março de 2011

1997

Depois de um longo período ausente, retorno retornando ao ano de 1997. Em todas as discussões com os amigos sobre música, sempre alguém cita este ano como um dos que mais foram lançados bons discos... e eu sempre encorpo este discurso. Para nós, que nesta época tínhamos em média 15 ou 16 anos, que vivíamos a música dos anos 90, fica difícil encontrar outro ano em que se tenham tantos bons discos. Para mim, discos marcantes.

Fato engraçado é que na verdade só curtimos o ano de 1997 em 1998/1999.

Cristhiano tinha ido ao Rio de Janeiro nas férias de 1997-1998, e retornou em Janeiro de 1998 com alguns discos na bagagem que tinha lido a respeito numa revista... mostrou-os aos amigos... e aí começa a história... Lembro-me bem eu e ele escutando o famoso "Disco Amarelo do Blur" num sonzinho na casa dele (é bem verdade que a princípio não gostei...)... Mas vamos aos discos:





Ok Computer - Radiohead: Escutar as primeiras guitarras de "Airbag" foi algo muito estranho a quem escutava Iron Maiden na época... Disco que mudou meu gosto por música. "Paranoid Android", "Exit Music - for a film", "No Surprises", "Climbing up teh Walls"... enfim. Isso tudo faz parte do que se tornou meu gosto musical dali pra frente. Se me perguntarem se considero o melhor disco da década de 90: Sim.









Urban Hymns - The Verve: Daqueles discos que Cristhiano trouxe na mala em 1998 esse foi o primeiro vício. Na época a grana era pouca mas gravei este disco num K7 e escutava num walkman direto... "Bittersweet Simphony", "Sonet" e "The Drugs don't Work" eram as principais que se repetiam no fone de ouvido.









Blur - Blur: O "Disco Amarelo do Blur", é assim que até hoje nos referimos a ele... "Song 2" a música número 2 de 2 minutos de duração que tocava em toda boate... A melhor segunda música de um álbum... E talvez a melhor primeira música de uma albúm também: "Betleebum". Sem falar em "Country Sad Ballad Man". Um dos discos mais marcantes.








If You're Feeling Sinister - Belle and Sebastian: "If you're feeling sinister, go off and see a minister, he´ll try in vain to take away the pain of being a hopeless unbeliever"... É assim que me lembro deste disco. Um novo-velho jeito bom de fazer música. Boas melodias, letras ácidas cantadas com tom de canção de ninar... O "Disco Vermelho do Belle". Até escrevi o nome da banda no meu primeiro violão depois de ouvi-lo...







When I was Born for the Seventh Time - Cornershop: O disco mágico que me acalma... Até hoje cumprimento Nielison com um beijo na cabeça e dizemos: "Brimful of Asha"... Este disco bem experimental ainda termina com "Norwegian Wood" uma versão da música dos Beatles tocada com cítaras... Disco raro, que só encotrei num sebo do Recife há alguns anos.








The Fat of the Land - Prodigy: Inicia logo com "Smack my Bitch Up"... não precisaria de mais comentários se também não tivesse "Narayan" e "Breathe" - com Nielison e Caetano cantando num show em Campina Grande... O álbum mais dançante da década.











Homogenic - Bjork: Tive contato com Bjork anos depois através de Juliano e Laura. Mas foi esse disco que mais me impressionou (e não foi o primeiro que comprei dela). Para resumir: o disco começa com "Hunter" e termina com "All is Full of Love". Precisa dizer mais algo?













Eight Arms to Hold You - Veruca Salt: Talvez alguns não conheçam... Escutei esta banda em 1999 no extinto Lado B da MTV (ainda apresentado por Soninha) e gravei um VHS com o clipe "Volcano Girls". Passei anos até baixar o disco completo. Duas mulheres (uma loira e uma morena) com suas guitarras tocando algo parecido com grunge... Vale a pena ouvir "Stoneface".








Tidal - Fiona Apple: Foi o disco de contato mais tardio (2010). Tendo sido lançado entre 1996-1997 me soou bastante novo. Até escrevi um post aqui sobre essa menina. "Sleep to Dream" e a famosa "Criminal" valem o disco.










Ladies an Gentleman, We're Floating in Space - Spiritualized: O disco. O que olho com mais afeto. O CD em formato de caixa de remédio com bula, posologia e tudo... A música título foi a do meu casamento. A realização de um sonho. Um disco para se ouvir com calma e com os sonhos...