sábado, 27 de junho de 2009

Cem Poetas Sem livros...




Esta coletânea "Cem Poetas Sem Livros" é uma iniciativa do movimento literário Litera Pernambuco, no qual se selecionou cem textos nunca publicados por poetas que nunca publicaram. É uma iniciativa no sentido de diminuir o abismo que existe entre a intenção e o projeto de publicação de um livro. No momento do lançamento haverá um sarau poético com leitura dos textos do livro...

Estejam todos convidados...

O quê? - Lançamento oficial da coletânea Cem poetas Sem livros.

Quando? - Às 19h da quinta-feira (09.07) e promete varar a noite com sarau poético participativo.

Onde? - Na rua do Chacon, 335, Casa Forte. Entre a Praça de Casa Forte e a Praça Flor de Santana, em frente ao CPOR.

Poemas e Poetas

Título do poema/Autor (ordem alfabética)

01. De sal e sol, solidão/Adélia Coelho
02. Fração/Ademauro Coutinho
03. Serve esse?/Alan Diego
04. Pensão da Santa Cruz – 1966/Alejandra Arce
05. Se mira/Alexandre Melo
06. O circo feliz/Alice Moraes
07. Reconheça/Aline Gusmão
08. Os treze/ Aluizio Fidelis
09. Sem título/ Amana Pinheiro
10. Presentes/Amanda Moraes
11. Massificação/André Agostinho
12. Deus/André Santiago
13. Sumário/Bené Lobão
14. Estações/Beth Brito
15. Imperfeitos/Camila Dantas
16. Ensaio e Fuga /César dos Anjos
17. Da lama e o mangue /Claúdia Trevisan
18. Vegetativo II/Clayton Souza
19. Vingança é riso na hora / perdão é riso sem fim | Clécio Rimas
20. Meus anseios /Damaris Freitas
21. Meus sentimentos /Daniela Bezerra
22. Tragédia /David Moura
23. O outro lado... |Demétrius Fernandes
24. Dente-de-leão | Diogo Testa
25. Porque assim... /Eduardo Nascimento
26. Primavera/Eliane Duarte
27. Antigamente foi ontem/Máua Levi de Santana
28. Manhã ensolarada/Elieser Rocha
29. Momentos felizes/Emanuella de Jesus
30. O sonho dos mendigos/Eraldo José
31. Aquarela inóspita/Érika Renata
32. Silêncio/Estela Domingues Nunes
33. Arranca as asas/Estelita Lins
34. Dentes sensíveis/Ester de Lemos
35. Sob o amor/Eugênio Jerônimo
36. Luxúria em Hollywood/Fábio Pinheiro
37. Família/Flávia Pena
38. O salão dos desejos/Genésio Salustiano
39. Sereno/Giselle Aguiar
40. O íntimo da alma/Gizele Tavares
41. Sono/Guma
42. Transição/Gustavo Dantas
43. Desejo de uma vida inteira/Hélder Freire
44. Tormenta/Hênio Cavalcanti
45. Ela/Hugo Machado
46. Fria análise nocturna/Israel Lira
47. Jerimum/Ivan Almeida
48. Grandeza de flor/Jacqueline Torres
49. Gestos/Jair Martins
50. Perdida/Jalves
51. Sinismo/Jonatas Castro
52. Terras espalhadas/Jonathan da Silva
53. Prece/Josi Guimarães
54. Não importa/Joyce Amaral
55. Poema de uma tarde de sábado/Júlia Generino
56. A poesia/Léo Durval
57. Na mão/Leonardo Santana
58. Azul/Leônia Léa
59. Ícaro contemporâneo /Lilcandi Bisser
60. Falta amor/Luciane Silva
61. Aos meus filhos/Luiza Pedrosa
62. Veste da alma II/Márcia Maracajá
63. Imagem/Márcio Andrade
64. O meio cálice/Márcio Baião
65. Cosmologia/Marcone Alves
66. Prometeu/Marcos Moura
67. Ode Carnavalesca/Mariane Bigio
68. Nosso amor/Marinaldo Lima
69. É doce morar no mar/Maurício Santos
70. Melancolia/Melânia Vieira
71. Hoje/Meri Rezende
72. Mal menor/Patrícia Souza
73. Nômade/Pedro Rodrigues
74. Epigramas/Philippe Wollney
75. Passeio/Poliana Oliveira
76. Eu Tragada/Priscila Faisbanchs
77. Expressão/Rafaela Ramirez
78. Estupefaciente/Raísa Feitosa
79. Sou tua/Raquel Conti
80. Corroendo/Renata Santana
81. A descoberta da Moira/Roberta Lee Lino
82. Camada/Rômulo Alves
83. Eus/Rubeneide Araújo
84. Caos/Sachiko Shinozaki
85. Voltar/Sandro Gonzaga
86. Rumor/Saulo Feitosa
87. Floresta nossa/Sebastiana de Lourdes
88. Meio sapo/Sérgio Alves
89. Olhos/Sidney Ramos
90. Me achando/Suely Meirelles
91. Coma-me/Suely S Araújo
92. Filho, eu estou aqui/Suely Siqueira
93. Tua espera/Tamires Correia
94. Soneto do passado/Tereza Gomes
95. Acusa a bela corte!/Thalita Gadelha
96. Tresvario/Vanessa Camila
97. Correnteza/Victória Cássia
98. Não se procupe/Vidal de Souza
99. Para entender a beleza/Yugo Taroo
100. Tempo, o tal/Yuri Duarte

sábado, 30 de maio de 2009

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Novas velhas coisas...

Tem certas coisas das quais temos preconceito (leia-se mesmo: pré-conceito) e inevitavelmente ignoramos. Uma dessas coisas foi a música de Fiona Apple. Desde quando lembro-me deste nome (e isto data de meados dos anos 90 - mais uma vez o inexorável tempo) fazia uma associação bizarra com Cindy lauper! Isto mesmo, este nome Fiona Apple lembrava-me Cindy Lauper e em decorrência desta associação nunca havia escutado esta garota aí embaixo até hoje.

Mas não é que a música dela é boa (e diga-se totalmente diferente a da Cindy Lauper). Ao todo são três discos:
1-Tidal - 1996
2-When the Pawn Hits the Conflicts He Thinks Like a King... - 1999
3-Extraordinary Machine - 2005
O mais impressionante são as músicas do primeiro disco, que parecem ter sido feitas ontem... Lembra-me um pouco da melancolia de P.J. Harvey. Se nunca ouviu vale a pena escutar "Sleep to Dream" e "Criminal", sendo que esta última tem um clipe bem estranho...
Perturbada, estranhamente bonita, com uma voz sombria, frases de piano... tudo isto faz parte da música de Fiona.
Bem ao gosto de quem ouve num fim de tarde quente e boreal aos pés do rio Pina...

sábado, 9 de maio de 2009

Down is the new up...




"I'm the next act
Waiting in the wings
I'm an animal
(...)
I'm all the days
That you choose to ignore
(...)
I'm in the middle of your picture
Lying in the reeds
(...)
It's all wrong, it's all right"

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Roda Viva...


(Mike Clark/Reuters)

-Pessoas colocadas em quarentena pelo governo chinês que temia a presença de casos da gripe A-

"Não tarda que não saibamos quem somos..."
Saramago tinha razão... Para que tantos nomes?

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Somos Todos Poetas...

Assisto em mim a um desdobrar de planos.
as mãos vêem, os olhos ouvem, o cérebro se move,
A luz desce das origens através dos tempos
E caminha desde já
Na frente dos meus sucessores.

Companheiro,
Eu sou tu, sou membro do teu corpo e adubo da tua alma.
Sou todos e sou um,
Sou responsável pela lepra do leproso e pela órbita vazia do cego,
Pelos gritos isolados que não entraram no coro.
Sou responsável pelas auroras que não se levantam
E pela angústia que cresce dia a dia.

Murilo Mendes

Em homenagem aos meus 27 anos...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Farsa ou "Os martirizados do tempo"




Já não se cabe nas intenções, no gesto acidental, disfarçado, repleto de desinteresse. Volta a si virando-se do avesso com a embriaguez de pensar-se mudo, célero, andante do caminho feito de teus nós. Nunca acorda, tenta alcançar mas acomoda-se no enlace da distância, na ternura da cegueira, na segurança da ausência.
Atado a claustrofobia do incerto - quanta razão permeia a vontade - passo: senta-se. A questão é "plantar-se na própria semente"*, "fugir da palavra pela porta da palavra"*: mas que porta? Que palavra?
Costumava tomar café com os dedos cheirando a cigarro... O entorpecer da realidade, o deitar-se de cansado, o prazer sutil de esconder o olho. Hoje não: intoxicação do pensamento repleto de pedaços, contínuo de tudo arrastando-se.
Somos a farsa de um querer, a herança dos martirizados do tempo de Baudelaire, um momento evitado. Despertar de um dia contrário, de um dia pendendo, caindo.

*Trecho do conto escrito na parede de casa por Cristhiano Aguiar