
domingo, 20 de dezembro de 2009
Hail to the Thief

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Alomodóvar, demasiado Almodóvar...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Saldo parcial da fatura - Continuação (...)
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Saldo parcial da fatura...
1- Radiohead - mês: Março - realidade
2- Campinense Clube - mês: Novembro - rebaixamento para Série C
3- Clínica Médica - mês: Janeiro 2010 - fim da residência
4- Continua na próxima página
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Para aqueles que sabem quem são...

"Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza."
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Désolé
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Départ
Sentindo a textura de teus arranhões,
A aspereza de tua língua...
Percorro, afundado, tuas impressões,
[Teus vincos e frestas: teus punhos.
Os estalos da tua pele.
Da ponta dos meus pés, enxergo a moldura da janela
[as luzes dos barcos, solo sujo do rio Pina...
e o teu sorriso estranho.
A volta do teu corpo:
o barulho dos teus passos contrários aos meus...
Escuta minha voz:
Digo teu nome como se soprasse poeira.
Saulo Feitosa, novembro de 2009.