domingo, 18 de maio de 2008

Uma Homenagem....



Hino Oficial
Letra: Geraldo Cavalcante
Pelos cantos do Brasil
a Raposa a correr
Vitórias, glorias mil
garra e raça pra valer
As cores da Paraíba
é a grande inspiração
Rubro Negro na Camisa
sangue, nervo e coração
Grande Campeão paraibano
é o Campinense com razãoTítulos, troféus, ano após ano
Salve a Raposa bicho papão
Toda vibrante estremecida
é a charanga a tocar
Entusiasmada toda torcida
seu clube a incentivar
Futebol é bola no barbante,
alegria das multidões
Vamos dar as mãos,
Raposa avantePara maratona dos Campeões.
Campinense Clube: Campeão Paraibano de 2008

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Do Pó! viemos, ao Pó! voltaremos!



"Não consegui acreditar na literatura, por isso voltei ao círculo árido. Eu cavei o chão de cimento, tirei de lá as sementes que eu tinha plantado e amassei todas até virarem pó." - Cristhiano Aguiar (Ruas em forma de escada).

"De tudo que deveras fomos, somos. Atrás de si esse logro de si próprio - Híbrido de edifícios e escombros: Zero, Conceitos, Contradições! Nenhum imperativo categórico Frente a total razão da realidade NÓS: eu e tu." - Júlia Rocha (Hemiplegia).

Assim que recebi o convite de Cristhiano para participar do lançamento da revista Pó! logo interessei-me, mas por ter que trabalhar não pude ir.

Assim que recebi a revista, alegrei-me por ver movimentação literária na cidade, principalmente com publicações de poesias (que na verdade prefiro...por motivos que discutiremos em outras conversas).

Assim que li a revista, os sentimentos foram os mais diversos possíveis. Porém os textos que mais me chamaram atenção foram exatamente esses dois acima (perdão atencipado a poeta Júlia, não consegui reproduzir a forma estética de seu poema). Sobre o texto de Cristhiano, embora seja suspeito em analisar (moro com ele), exibe a qualidade de seus últimos contos...como falei a ele ontem à noite, seus textos possuem uma forma de linguagem ousada, que entremeia poética e prosa, com toques de uma realidade que nos enfrenta por ser perplexa...e me agrada a presença constante de uma ritimicidade no texto, como se todo ele tivesse encadeado em um raciocínio só, em uma leitura só (o embate paranasiano da literatura contra si mesma). Sobre o poema de Júlia (essa sim, não conheço) me surpreendeu a forma do texto, palavras duras (ora soltas, ora presas em colchetes), o modo de organizar a idéia do poema (que sem pretensão alguma, assemelha-se a alguns textos que faço)...martelando o olhar com surpreendente acidez; "Sangue de amor correspondido". Poesia que me agradou tanto pelo tema, quanto pela forma.

Assim que fechei a revista, alegrei-me novamente por participar (nem que seja como leitor) dessa cena atual (se é que seja apropriado chamar assim) da literatura de Pernambuco. Parabéns aos editores da Pó! Quem sabe nos próximos encontros não nos veremos para debater melhor sobre esses e outros textos? Ou nem que seja para tomar uma cerveja e falar da vida....

domingo, 4 de maio de 2008

Come on...and let it out!


110

Duro
Um dia inteiro:
encurvado,
dentro de uma casca
[dura
Eu era um pneu na avenida;
Eu era o concreto estalando;
Eu era o cheiro do canal;
Era só isso e o
resto
escondia-se.
Assim mesmo o vendedor de café continuava estranho
E o cigarro queimava a ponta dos meus
Dedos amarelos.
Deste modo a solidão
organizava-se
num mutualismo com o dia
Que se atravessava,
[E as malas, preguiçosas, iam se fechando...
Enquanto insistia um barulho,
Como que se bate de dentro para
fora.
Espremia as mãos contra os olhos:
Continuava.
O dia pendendo: entortado.
O dia caindo.

em 02/11/2005.