quinta-feira, 24 de abril de 2008

Os jardins dos caminhos que se cruzam...


Há dois dias sai para jantar com meu tio e ele, entre outras coisas que me disse, revelou que a epóca que prestara vestibular, queria ser Geólogo...mas por motivos ainda não bem compreendidos (quase 30 anos depois) ele tornou-se médico.

No mesmo dia também mostrou-me fotos de Aiuaba no Ceará, cidade onde se fixaram os primeiros de minha família e onde nasceram ele e todos os seus irmãos...

É de se causar estranheza o fato de que eventos bem distintos como geologia e medicina, Aiuaba e Recife consegam cruzar a vida de alguém. Quando era criança, imaginava Aiuaba como aqueles típicos faroestes americanos, era como falar de uma lenda quando ouvia as estórias sobre aquele lugar; do mesmo modo que quando era criança sonhava em ser engenheiro... Estes fatos diluiram-se na realidade, transformando Aiuaba numa cidade comum e engenharia numa ameaça de futuro, que nunca ocorreria... De fato nunca fui a Aiuaba e nunca me tornei engenheiro.

A imagem que Borges me causou em Ficções, quando cita "Os jardins dos caminhos que se cruzam" me veio logo a mente quando meu tio me mostrou esta foto acima... Crepúsculo sobre a cidade onde nunca fui, caminhos pelos quais nunca andei...tudo muito parte da realidade na qual me insiro.

E os pés seguem vacilantes pegadas deixadas por quem eles nunca conheceram.

2 comentários:

Juliano disse...

Proposta de roteiro com raízes e curiosidades várias:

Campina Grande - Cabaceiras - Pombal - Itaporanga - Aiuaba - Icó - Açu - Acari - Currais Novos -Campina Grande

Juliano disse...

Ou então o contrário, pra terminar com a grandiosidade do Pai Mateus:

Campina Grande - Currais Novos - Acari - Assu - Icó - Aiuaba - Itaporanga - Pombal - Cabaceiras - Campina Grande